Acompanhe de
perto o percurso escolar dos seus filhos.
Sem
"exagerar", comunique regularmente com o professor, não apenas para
falar do rendimento escolar, mas também da sua integração e motivação, entre
outros temas.
Não se
esqueça que a tarefa de formar uma criança é uma tarefa repartida entre a
família, a escola e os outros elementos que com ela interagem.
No processo
de aprendizagem o sujeito é o aluno. Por isso, não basta que os professores
expliquem e exijam, é preciso que os alunos realizem o trabalho correspondente
de aprender.
Neste
"trabalho", estudar é uma acção necessária para a educação
intelectual que inclui:
- aprender a
pensar;
- adquirir a
capacidade de discernimento para ser um adulto que saiba, conscientemente,
fazer as suas escolhas;
- obter a
cultura que, se é autêntica, é uma forma de viver, entre outros.
Um dos
objectivos fundamentais da acção de estudar é conseguir a educação para o
trabalho, que as crianças e jovens reconheçam o papel do trabalho nas suas (e
nossas) vidas.
É, portanto,
necessário saber motivar os seus filhos para o estudo e conseguir que eles
queiram e saibam fazê-lo.
Como? Os
factores primordiais são um bom ambiente de trabalho e a harmonia familiar.
Quando na
família se respira um clima de trabalho equilibrado, quando os pais tornam os
filhos participantes das suas aspirações profissionais, na medida em que as
podem entender, quando o trabalho ocupa um lugar objectivo e é aceite numa
atitude de serviço, então, o ambiente familiar é uma motivação muito grande
para os estudos.
Não reduza a
educação ao êxito escolar como primeiro passo do futuro êxito social. O mais
importante não é, exclusivamente, ter excelentes notas. Há que - mais uma vez,
racionalmente, sem excessos - ter em conta os motivos, as convicções e as
preferências de cada criança/jovem.
Para que o
estudo seja um trabalho educativo devem colocar-se em jogo as faculdades
pessoais, ou seja:
- estudar
deve ser uma acção feita de livre vontade;
- o
estudante deverá assumir a responsabilidade da própria tarefa.
É importante
indicar aos seus filhos os objectivos (a curto, médio e, por vezes, a longo
prazo) do seu trabalho, sem reduzir as tarefas escolares ao cumprimento de uma
obrigação, à qual não é possível escapar enquanto não chegam as férias.
Portanto,
recomenda-se que os pais, do ponto de vista educativo, quanto ao estudo dos
seus filhos, dêem prioridade ao trabalho e ao esforço que estes desenvolvem e,
só depois, às notas ou classificações escolares.
Uma boa
medida a tomar será seguir quotidianamente, de maneira prudente mas real, os
estudos dos seus filhos, ajudando-os discretamente a manter a exigência de um
plano diário de estudos.
Tente evitar
as reacções despropositadas perante as notas. O esforço que os seus filhos
despendem é, frequentemente, mais importante que os resultados alcançados.
Dependendo
do contexto, uma nota média conseguida com esforço e empenho merece uma
recompensa normalmente reservada a uma nota elevada.
As
classificações escolares devem servir para reflectir e dialogar com os seus
filhos, procurando soluções que melhorem a sua capacidade de trabalho e de
aprendizagem.
Para ajudar
os seus filhos nos estudos, é importante que em casa sejam asseguradas condições
favoráveis para que estes possam trabalhar todos os dias.
Eis algumas
sugestões:
- um lugar
tranquilo para estudar;
- um
ambiente familiar que ajude a estudar;
- um horário
de estudo respeitado por todos, sem interrupções;
- uma hora
de estudo não muito tardia;
- no mínimo,
oito horas de sono;
- um regime
alimentar saudável, equilibrado;
- controlo
sobre a televisão e navegação na internet, entre outros.
O mais
importante, é que o seu filho aprenda a gostar de estudar e se sinta valorizado
pela sua prática.
Fonte:
Educom - Associação Portuguesa de Telemática Educativa (adaptado)
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